à tua estrela...

Mais um fim de século se aproxima anunciam pela enésima vez.
É a aldeia global gritam num gemido imbecil, não distinguindo a suprema falácia de que "aldeia" que sempre foi sinónimo de mesquinhez pequenez e ignorancia de um meio pequeno limitado por um quintal que julgamos conhecer enquanto consumimos resumos simplificados de historietas compactadas em forma de episódios enquanto as verdadeiras razões permanecem ocultas. julgas que tudo podes saber ?
Emanicipação ? de quem ? do quê ? do verde e vermelho ? do vermelho azul e branco ? como podes jogar um jogo em que desconheces as regras.
Juro-te que não sei o que se passa mas asseguram-me que hoje vivo melhor. devemos suprimir esse verdadeiro talento que é a criatividade e adestrar à vontade de outros na esperança de um dia seres tua a impôr as regras do teu jogo que os outros desconhecerão.
que busco eu ? um abrigo...
sobre a luz, aquilo que me falta....um abrigo inacessivel...e digo-me não está longe.
quero que saibas que não apagarei nada nem esquecerei.
como sem escolha, resta-me o coração para pensar e a minha estrela. a melancolia a santidade do fogo e da chama e a minha estrela.
prometem-me que irei ficar melhor...
sou um homem gélido, um cometa universal, sou uma referência para os cretinos subservientes que querem fazer o papel de deus. quem quer entrar no meu quotidiano, do lucro imediato. estou no ramo imobiliario, na politica, no petróleo, sei fazer os negocios a quem poder pagar, sou o homem mediatico a quem todos demandam o futuro...
sou rico,... sou mais do que o politico, eu atravesso o tempo cruzo-me com milhares de seres que não conheço. favores aqueles que eu f... frequentemente é o meu dia a dia.
não tenho tempo para ver a televisão mas sei que é de mim que eles falam, sou omni-presente e omnisciente. de tudo faço e de tudo sei....

a tua estrela.....

espeleologia da mente...

marlene as tuas curvas insinuam-se, aproximam-se dos meus braços, deixando o calor dos teus (a)braços. quando tu vais, não vais, abandonas...
aproxima-te, as tuas vénias de tango argentino vociferam desejos em torno dessa dança que nunca acabas-te.
meu lsd na forma carnal, que espero nunca mais ver, para assim te deixar no canto reservado ao idilico e frugal povoado de incensos aromoterapêuticos que insistem em não deixar morrer a tua memória no meu caixão neurónico.
uma luz escureceu o negro, um anjo passou denuncia a marca que como um sentimento não abandona...